sábado, 14 de agosto de 2010

Run, Ronnie.


"Morram!" eu gritava entre soluços e gemidos, enquanto tentava socar as criaturas horrendas que competiam entre si para arrancar um pedaço meu. Desesperada, eu mal encontrava forças para continuar as tentativas de socar algo. Já não aguentando mais, eu me deixo vencer pelo cansaço, e as criaturas começam a agarrar meus braços me fazendo recuar os passos que eu havia dado tão penosamente. O ódio dentro de mim era tão forte, que não era possível caber em uma pessoa só. Não era possível caber em uma pessoa. Algo pareceu mudar dentro de mim, e eu consegui milagrosamente me soltar dos braços que me levavam para a escuridão. Comecei a correr o mais rápido possível, enquanto luzes avermelhadas passavam por mim a medida que eu avançava. Quando finalmente me afastei do perigo e encontrei forças para uma eventual nova batalha, fui obrigada a parar quando avistei um espelho grande. Eu percebi que a imagem refletida não era de uma garota ruiva e magra. O espelho refletia uma criatura... Eu havia me transformado em uma daquelas criaturas.

Acordo ofegante deitada na minha cama, coberta por duas mantas quentes. Me levanto, e corro para o banheiro mais próximo, com a intenção de ver meu reflexo. Felizmente, eu continuo sendo uma garota. Por outro lado, nunca vou me esquecer desse pesadelo.

Eu realmente não posso deixar o ódio me dominar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Colheres de felicidade




A inspiração vem fugindo de mim levando junto minha alegria. Durante o mês de julho me perdi no meio de filmes e livros, me dando a ilusão de estar totalmente bem. Então, quando as aulas recomeçaram, eu comecei a sentir falta de algo entre diversão e alegria. Já não consigo ficar alegre por mais de um dia, é como se dormir levasse toda a minha energia positiva. Os breves momentos de alegria, eu acabei batizando de "colheres de felicidade". Tento me dar uma colherada todo dia. 


Minhas colheres de felicidade:
- Espantar pombos pelas ruas.
- Pular apenas nas faixas brancas de uma faixa de pedestre.
- Saltitar pelas ruas, pela minha casa, por uma praça, um parque por alguns breves segundos.
- Correr o mais rápido possível.
- Cantar "I want to hold your hand", dos Beatles, o mais alto possível.
- Gostar de algo que eu escrevi.


Eu sei que a maioria dos itens dessa lista são tolos e estranhos de se fazer. E acho que é por isso que me divirto fazendo tudo isso. Simplesmente por estar saindo do sério. 

Tome algumas colheres de felicidade.