sábado, 17 de abril de 2010

When I See You


Meus passos são silenciosos porém são tão pesados que quase sinto uma pequena depressão se abrindo cada vez que se chocam com o chão. Sinto uma imensa vontade de correr. Meus passos agora não mais silenciosos vão pouco a pouco se acelerando. O vento acaricia meu rosto frio, meus chachos avermenlhados voam de uma forma harmoniosa. Estou a tamanha velocidade que se eu der um salto, voarei. Para onde? Qualquer lugar. Para seu lado, talvez. Não essa noite sera só minha. Meus pés finalmente não tocam mais em nada. A sensação de voar é ótima, uma sensação de poder. Finalmente reencontro o chão. Toda essa louca ilusão de poder se vai. Alguma coisa se aproxima. Um animal, talvez. A medida que esse animal se aproxima, vejo a forma correta. Como pude te confundir com um animal? Provavelmente toda aquela magia me deixara tonta. Você sorri para mim enquanto anda em minha direção. Seu andar está tão lento, cada passo seu parece durar dias. Mais uma vez, o vento acaricia meu rosto que agora demonstra uma certa felicidade. Meus cachos dançam com o vento. Meus pés descalços mais uma vez descolam do chão, mas retornam rapidamente. Meus braços envolvem seu pescoço, meus labios se encaixam aos seus e minhas mãos brincam com seus cachos morenos. Talvez essa noite não será minha, será nossa.

4 comentários:

  1. mary, voce escreve muito bem, eu gostaria de ter tamanha criatividade e bom, isso pode ser um dom...nao estou brincando apenas sendo sincera,
    te amo,
    dih

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  2. Você escreve demasiadamente bem. Sério! Você teria talento para ser escritora. Adorei o texto! Beijos.

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  3. Acho que a personagem do seu conto se parece com a Alicia, minha heroína, de The Toxic. Acho que as duas sentem de um mesmo frio que não sabem como conter. Pior, elas sabem. Mas... não tem como se aquecer.

    Beijos.

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  4. O que é a noite sem outro alguém pra dividir??
    #filosofei... rsrs!!
    Amei!!

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